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Mostrando postagens de abril, 2011

ONDE ESTARÁ?

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Onde estará a primeira professora, o primeiro sonho, a primeira decepção? Onde estará o colo da mãe, a alegria do pai, a loirice do irmão? Onde estará o primeiro namorado, o primeiro beijo, o primeiro choro por amor? Onde estará a viagem de trem, o galope do cavalo, a praia ao luar? Onde estará a casinha branca, a rede de crochê, a trepadeira cheirosa? Onde estará a saia godê, a gola rolê, a meia dourada? Onde estará a atenção, o chamego, o abraço? Onde estará a menina que brincou, a moça que sonhou, a velha que entristeceu? Onde estarão? (Mima Badan)

DE MÃOS DADAS

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Me dê sua mão, menina, vou levá-la pela vida, vou ensinar o pouco que sei: plantar roseira, declamar poesia, nadar no rio e tomar banho de cachoeira. Me dê sua mão, menino, vou levá-lo pela vida, vou ensinar o pouco que sei: jogar pião, empinar pipa e contar estrelas no céu. Me dê sua mão, moça, vou levá-la pela vida, vou ensinar o pouco que sei: bordar ponto cruz, preparar jantar, amar o mundo e cuidar de você. Me dê sua mão, jovem mãe, vou levá-la pela vida, vou ensinar o pouco que sei: trocar fralda, fazer papinha, olhar nos olhos do filho e acarinhar sua vida. Me dê sua mão, vovó, para me levar pela vida, me ensinar o muito que sabe para que eu aprenda a viver, para que eu aprenda a sonhar. (Mima Badan)
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MEU NOME? SAUDADE

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Quando chego trago lembranças faço rir faço chorar. Quando chego trago cheiros do feijão da avó e do incenso do padre. Quando chego trago o jardim da infância a professora de francês e o primeiro namorado. Quando chego vêm comigo Elvis, Lennon, a Jovem Guarda e os bailinhos do colégio. Quando vou embora deixo as lembranças e levo os sorrisos e as lágrimas pra devolver quando voltar. (Mima Badan)

A MAIOR DOR

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E la chora: sua criança partiu. Partiu antes da hora, partiu na escola junto de seus professores e de seus amigos. Quando ela deixou sua criança na escola, saiu feliz. Ela gostava do colégio, dos professores e dos amigos. Era estudiosa, queria estudar bastante para poder um dia, ser alguém na vida, ajudar a família e ter também a sua família. Quando ela deixou sua criança na escola, saiu confiante. Ia para o trabalho com a certeza que estaria bem, segura e que nada poderia acontecer de ruim, afinal, estava na escola. Quando seu telefone tocou... tudo mudou, sua confiança, sua alegria se foram... Sua criança também tinha ido... ido embora, não da escola, mas da vida. Seria verdade mesmo? Mas, como sua criança havia morrido se ela estava na escola? Como alguém pode morrer assim, se está na escola? A dor, de tão grande parece explodir o coração da mãe. Como viver sem sua criança? Como continuar a viver sem sua criança, sem sua menina que queria ser moça, mulher?

O QUÊ??

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Diante da tragédia acontecida numa escola do Rio de Janeiro, o que dizer? o que pensar? Nem imaginamos como devem estar se sentindo as famílias das crianças vitimadas pela loucura de um homem, que adentra uma escola com um único propósito: matar. E a família dele, como deve estar se sentindo, sabendo que o filho, o irmão causou essa tragédia? Quando levamos uma criança ao colégio, estamos certos que durante o período de aulas ela estará segura, nada de mal acontecerá a ela. Mas, o que estamos vendo isso não é mais verdade. As crianças, os jovens são vítimas de preconcentos, bullying, agressões verbais e físicas. Os professores são agredidos por alunos e já é fato: o número de jovens querendo ser professores é muito pequeno. Mas, quem quer se submeter a baixos salários, agressões, falta de limites de alunos? É de se lamentar... mas só lamento não resolve nada. Que esse fato alerte os governos, as escolas no sentido de que algo mais tem que ser feito. São nossas crianç

JOSÉ

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                                              José peleja pra colocar comida, levar os meninos pra escola pra terem a leitura que ele não têve. José peleja pra dar carinho, vestido novo e sandália bonita pra Maria. José peleja, carrega tijolo, sobe escadas, come na marmita o arroz e o feijão que Maria preparou. José peleja como seu pai pelejou, como seu avô pelejou e a vida peleja com ele. José peleja, mas da vida um dia José se cansará e da peleja se despedirá. (Mima Badan)

INDIGNAÇÃO

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A filha levou o pai doente ao hospital achando que voltaria para casa com ele reabilitado, afinal, imaginava que nem era nada grave. O pai gemia, suava mas não se queixava para não preocupar a filha. Sabia que lá no hospital um doutor daria jeito no seu mal, na sua dor. Seo José sempre admirou os médicos, achava que eram especiais, pessoas que só queriam o bem e a saúde dos outros. A filha, junto com seu pai esperou, esperou sem reclamar. O pai, junto com sua filha esperou, esperou querendo reclamar, mas não reclamou. Onde estão os médicos?  perguntou a filha. As horas correm, o cansaço chega para moça e seu pai. As dores aumentam e o sofrimento do pobre pai é cada vez maior. A filha percorre corredores a procura de ajuda, e fica cada vez mais apavorada, achando que nada seria feito. Macas estão nos corredores e nelas homens, mulheres e crianças gemem suas dores e esperam. Onde estão os médicos? De onde virá a ajuda? Ela, incorformada vai para junto do pai que já não pr